Na primeira metade da década 60, o sucesso por Beatles, Rolling Stones e uma série de bandas do Reino Unido no mercado americano deu origem ao termo ''British Invasion'', que até hoje dá nome a uma infinidade de coletâneas e afins. Nos últimos 20 anos, porém, a invasão deu lugar a ataques rarefeitos e cada novo grupo ou artista britânico invariavelmente teve de se preocupar com a pressão de fazer sucesso do outro lado do Atlântico. Esse cenário torna ainda mais impressionante a história do One Direction.
E pensar que o One Direction sequer foi o vencedor da edição de 2010 do ''X Factor'', o programa de calouros da TV britânica que se transformou numa linha de montagem de artistas pop. Niall Horan, Liam Payne, Harry Styles, Zayn Malik e Louis Tomlinson, na verdade, foram eliminados pelo voto popular nas semifinais, mas caíram nas graças de Simon Cowell, o empresário que criou o programa e até aquele ano também sentava-se ao júri.
Hoje o One Direction tem valor de marca estimado em pelo menos 100 milhões de dólares. Ao contrário de diversos colegas de profissão, sobretudo os que têm as mesmas origens no pop classificado como ''fabricado'' o grupo recebeu alguns afagos da crítica especializada.
Mas que ninguém se iluda: o senso profissional dos cinco parece ser tão assustador quando o dos Beatles na época dos terninhos e penteados comportados. Especialmente no que diz respeito a não parecerem coelhos em frente a faróis altos quando precisam lidar com a mídia.
Bem do jeito que os Beatles e os Stones foram ''vendidos para o público'' de 50 anos atrás...
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